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segunda-feira, 17 de outubro de 2011

O que é cluster

Do ponto de vista conceitual, numa definição genérica, um arranjo produtivo, ou "cluster", é um grupo de coisas ou de atividades semelhantes que se desenvolvem conjuntamente. Assim sendo, o conceito sugere a idéia de junção, união, agregação, integração...
  Do ponto de vista conceitual, numa definição genérica, um arranjo produtivo é um grupo de coisas ou de atividades semelhantes que se desenvolvem conjuntamente. Assim sendo, o conceito sugere a idéia de junção, união, agregação, integração...
  Um arranjo produtivo seria algo como uma colméia (sugestivo de cooperação, colaboração, especialização, divisão do trabalho) ou como o conjunto de equipamentos de lazer de um condomínio de edifício (a piscina, a churrasqueira, a quadra poliesportiva, o playground infantil), o que sugere integração, entrelaçamento, afinidades etc.
  Na atividade econômica pode ser considerada como a reunião de pequenas ou médias empresas, às vezes até mesmo as de maior porte, que estão situadas num mesmo local e que apresentam grandes níveis de entrosamento entre si, e constituem o que hoje existe de mais moderno em modelo de desenvolvimento local.
  Economicamente, arranjo produtivos podem ser definidos como aglomerados de atividades produtivas afins, localizadas em determinado espaço geográfico e desenvolvidas por empresas autônomas de pequeno, médio e até de grande porte, intensamente articuladas, constituindo ambiente de negócios onde prevalecem relações de recíproca confiança entre as diferentes partes envolvidas. Tais empresas são apoiadas por instituições provedoras de recursos humanos, de recursos financeiros, de infra-estrutura, etc. 

Quais são os principais elementos inerentes ao conceito de arranjo produtivo?

  Aglomeração - idéia de conjunto interrelacionado e espacialmente concentrado, ensejando a troca de sinergia e a prática de cooperação e de alianças estratégicas, inclusive para neutralizar limitações relacionadas a economias de escala, como processos tecnológicos, aquisições de insumos, assistência técnica, tratamento pós-colheita, comercialização etc.

Afinidade - empresas voltadas para o mesmo ramo de negócio (atividade principal do arranjo produtivo), embora cada uma (ou um conjunto) delas se especialize em tarefas específicas (fornecimento de insumos e serviços, produção, comercialização, pesquisa, desenvolvimento de novos mercados etc.).

Articulação - relacionamento próximo, intensivo e permanente entre as empresas, propiciando, por um lado, a troca de sinergia e a prática da colaboração e, por outro, estimulando a rivalidade e a competição.

Ambiente de negócios positivo - relações comerciais apoiadas na confiança recíproca, condição favorável à formação de parcerias e de alianças estratégicas, através das quais as partes envolvidas, mesmos os concorrentes, unem-se para enfrentar problemas comuns de logística, de assistência técnica, de comercialização, de suprimento de matérias-primas e de insumos etc. e organizam-se para negociar com o governo e com instituições públicas e privadas, ações consideradas importantes para o fortalecimento e a consolidação do arranjo produtivo.
  Apoio Institucional - rede de instituições públicas, privadas e até ONG's, que atuam em torno do arranjo produtivo como estimuladoras e catalisadoras da integração e da colaboração dos atores (governo em todos os níveis e iniciativa privada), inclusive mediando eventuais conflitos de interesses entre as firmas/instituições, tendo em vista a sustentabilidade do processo.

Do ponto de vista operacional o que são os arranjo produtivos? 
  Do ponto de vista operacional, o arranjo produtivo é a nova forma que o esforço pelo desenvolvimento econômico e social vem assumindo no mundo inteiro, tanto nos países industrializados, como nos países em fase de industrialização. Muitos países e regiões ao redor do mundo, estão promovendo o desenvolvimento de arranjo produtivos em resposta à economia globalizada em mutação. Resultados excelentes têm sido obtidos num grande número de países, incluindo Escócia, México, Marrocos, Irlanda, Peru, El Salvador, Malásia, Nova Zelândia, muitos estados dos EUA, que partiram para projetos de desenvolvimento local liderados pela iniciativa privada e a experiência Italiana a mais antiga e bem sucedida de todas
  Abandona-se o conceito da macro região, para organizar o processo de desenvolvimento em bases locais, a partir de um conjunto de atividades a serem desenvolvidas em regime de parceria e cooperação entre a sociedade e o Estado. 

Quem participa de uma iniciativa de arranjo produtivo?
  Uma Iniciativa de arranjo produtivo deve incluir todos os jogadores e parceiros que contribuem para a plataforma competitiva de uma determinada atividade econômica. Em geral, os participantes são oriundos de pequenas e grandes firmas, associações de classe (indústria, trabalhadores, serviços), governo e instituições de suporte envolvidos em todas as etapas da cadeia produtiva da indústria, desde a da matéria-prima até a do consumidor final. 

Que papel cabe ao governo numa iniciativa de arranjo produtivo? 
  Os papéis apropriados do Governo são:

 - Apoiar as iniciativas de identificação das manifestações espontâneas embrionárias de arranjo produtivos 

 - Estabelecer um ambiente econômico e político estável e previsível

 - Aumentar a disponibilidade, qualidade e eficiência de inputs de caráter geral e das instituições

 - Criar um contexto que incentive inovações e avanços

 - Reforçar a formação de arranjo produtivo e sua constante melhoria e avanços na economia

 - Criar e comunicar uma visão econômica nacional, positiva, distinta e atuante que possibilite mobilizar os cidadãos para a ação.

Qual é o papel do órgão articulador do arranjo produtivo?
  Segundo Mônica Amorim, assessora da Secretaria de Planejamento do Ceará e autora do Livro "Clusters como Estratégia de Desenvolvimento Industrial do Ceará", os papéis apropriados do órgão articulador são:
1. Criar Comunidades Econômicas. 
  Em primeiro lugar o papel dos órgãos articuladores é "criar uma Comunidade Econômica em vez de um Aglomerado de Firmas". Um dos pontos mais importantes nos casos de arranjos produtivos bem sucedidos é que estes de fato, funcionem como eixos de desenvolvimento em suas regiões, e isso diz respeito 'a sua composição em termos de firmas, assim como à forma como as firmas se relacionam.
  Embora envolvidas num mesmo negócio, as firmas sabem que não poderão sobreviver se ficarem sozinhas num negócio que depende de cooperação e de inovação para se desenvolver. 
2. Estimular o Surgimento de uma Atmosfera Propícia.
  Em muitos casos, a formação desse tipo de arranjo precisa ser estimulada e para tanto os órgãos de desenvolvimento devem estar preparados para atuar eficazmente.
  O surgimento de uma atmosfera propícia à inovação, exige que os indivíduos estejam constantemente trocando idéias e informações. Em termos mais específicos, pode-se sugerir aqui a organização de fóruns, seminários, promoção de palestras e outras. 
  3. Garantir a Eficiência.
  Entre as diversas formas de perseguir a qualidade e eficiência, encontram-se a instituição e concessão, de forma criteriosa, de selos de qualidade. O selo visa assim transmitir aos clientes, ao mercado e à sociedade em geral, que as firmas portadoras do mesmo, foram avaliadas e consideradas cumpridoras das normas e requisitos de qualidade superior.
  Sobre os prêmios, esses podem tomar diversas formas, além de concessão de dinheiro, tais como participação em feiras específicas, cursos e seminários relacionados com a área de atuação do arranjo produtivo. 
4. Existência de Uma Ampla Rede de Fornecedores.
  Os órgãos articuladores de um arranjo produtivo devem estar permanentemente atentos à questão da rede de fornecedores. Eles devem garantir tanto a proximidade dos fornecedores como também assegurar que a própria forma de operação desses fornecedores seja acessível para as pequenas empresas. 
5. Estudos e Acompanhamento
  Os órgãos articuladores do arranjo produtivo devem estar em constante contato com os integrantes desse, tendo em vista perceber os eventuais entraves à competitividade. Por exemplo, ao identificar possíveis gargalos no funcionamento do arranjo produtivo e ao propor e apoiar a criação de uma nova firma destinada a sanar aquele gargalo, o órgão articulador estaria contribuindo para aumentar a competitividade do arranjo produtivo.
6. Apoiar Novos Empreendedores: Fertilização Cruzada
  É importante introduzir no arranjo produtivo indivíduos que tenham conhecimentos superiores ao da média dos integrantes.
  Isso se chama, na linguagem dos arranjos produtivos, fertilização cruzada. Os novos empresários aprendem com os veteranos sobre assuntos práticos do dia-a-dia, e esses veteranos também têm muito a ganhar ao interagir com aqueles que conhecem o "estado da arte" da indústria em questão. Pode-se pensar em vários exemplos para ilustrar essa situação. Tomemos, pois, como exemplo, a recente criação do curso superior de Estilismo e Moda na Universidade Federal do Ceará (UFC). Seria então salutar que esses recém-graduados fossem incentivados a permanecer na região, atuando junto ao setor de confecções, têxtil e de calçados do Estado. Da mesma forma, a distribuição de lotes em perímetro irrigados para agrônomos, constitui-se em fator de inovação.

 Fonte: http://www.geranegocio.com.br/html/clus/p1.html

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